Da Lapinha ao Campo Grande: comemore o 2 de Julho, a Independência da Bahia
O povo e a história nas ruas. É esse o clima do Dois de Julho, festa que há 195 anos é motivo de orgulho para os baianos. Se você estiver por aqui nessa época, vale a pena conhecer de perto a celebração da Independência do Brasil na Bahia, que só aconteceu em 1923, muitos meses depois de Dom Pedro proclamar o tal “Grito do Ipiranga”. Se não estiver e for apaixonado por história, pode acrescentar na lista de coisas a fazer na vida…
Cortejo do Dois de Julho sai da Lapinha em direção ao Campo Grande (Fotos: Marisa Vianna/Divulgação) |
A data é feriado estadual e em anos eleitorais costuma pegar fogo com os movimentos e lutas sociais e disputas políticas! Em Salvador, o ápice acontece com o desfile do Caboclo e da Cabocla no dia 2 de julho. A figura do Caboclo representa o surgimento da nova nação, fazendo parte do panteão cívico juntamente com os heróis da Independência, Maria Felipa, Joana Angélica, Maria Quitéria, Lord Cochrane General Labatut, José Joaquim De Lima E Silva.
O povo realmente veste as cores do estado, pinta a cara, carrega bandeiras e sai nas ruas comemorando a data cívica e cantando o hino do Dois de Julho, em cortejo de aproximadamente da Lapinha até o Campo Grande, em um trajeto de aproximadamente 5km. Aí é só colocar o tênis no pé e um chapéu na cabeça, pois o calor não costuma aliviar. Mas sempre dá pra parar de bar em bar para aliviar ou abastecer... Também não precisa percorrer toda a distância, dá para só observar a saída, a chegada ou acompanhar o mar de gente até uma parada estratégica para almoço ou reabastecimento etílico.
Caboclos são símbolos da Independência do Brasil na Bahia |
A festa começa logo cedo, por volta das 7h30, com hasteamento de bandeiras e formalidades, para logo depois cair na espontaneidade que só o baiano sabe fazer, com suas frases de protestos, fantasias e fachadas enfeitadas (tem até concurso!). E a diversidade é linda de ver: famílias inteiras, idosos, crianças acompanham as fanfarras escolares, militares e bandas pelas ruas do bairro do Santo Antônio Além do Carmo, Pelourinho, onde há uma pausa, na Praça Municipal.
À tarde, o movimento é retomado pela Avenida Sete de Setembro em direção ao Largo Dois de Julho (Campo Grande). Por lá, mais formalidades com o acendimento da Pira do Fogo Simbólico e hasteamento de bandeiras, ao “pé do caboclo” - de onde vem a famosa expressão soteropolitana “chorar no pé do caboclo”, no sentido de lamentação. Mas calma, o momento também é muito bonito, com o Encontro de Filarmônicas sob regência do Maestro Fred Dantas, que já chega ao 26º ano.
Movimentos sociais, fantasias e fachadas enfeitadas fazem parte das celebrações |
Mas as celebrações começam antes mesmo do 2 de julho. No dia 30, fogo simbólico sai de Cachoeira, no Recôncavo Baiano, cidade símbolo da luta de independência. Personalidades e atletas se revesam no transporte do símbolo da Independência da Bahia. No percurso, a chama passa por Saubara, Santo Amaro, São Francisco do Conde, Candeias e Simões Filho, até chegar ao bairro de Pirajá, em Salvador, no fim da tarde do dia 1º, onde aconteceu uma importante batalha.
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