No Recôncavo, conheça a arte de um alemão muito baiano
Depois de rodar muitos lugares no mundo, e atuar até como marinheiro, Karl Heinz Hansen (1915-1978) escolheu São Félix, cidade do recôncavo baiano, para fixar âncora até o fim da sua vida. Escultor, pintor e especialista em xilogravura, o alemão produziu vasta obra artística, que pode ser visitada e explorada na Fundação Hansen Bahia. A instituição, fundada em 1973 pelo próprio artista, conta com três espaços em municípios vizinhos: um museu-casa, em São Félix; além, de um espaço cultural e museu-galeria, em Cachoeira. Juntos, apresentam mais de 18 mil peças aos visitantes.
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O museu-casa de Hansen Bahia, em São Félix, é garantia de conhecimento aos visitantes (Crédito: Tatiana Azeviche / Setur / Divulgação) |
A dica é começar pela Ladeira Santa Bárbara, no centro de São Félix, onde está a fazenda em que Hansen Bahia (como passou a se chamar) viveu ao lado da talentosa artista Ilse Hansen. Com área de 25 hectares, o lugar foi doado à Fundação em 1983, após a morte do casal. A visita garante proximidade com a intimidade do gravurista, expondo mobiliários, ferramentas de trabalho, a exemplo de máquinas trazidas da Europa e a prensa onde fazia entalhos em madeira, além de centenas de acessórios pessoais (no acervo memorialístico).
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Ferramentas de trabalho utilizadas pelo casal Hansen estão em exibição (Crédito: Tatiana Azeviche / Setur / Divulgação) |
Siga direto para Cachoeira (é só atravessar a ponte, a pé mesmo!) e, na Rua Treze de Maio, encontre mais detalhes sobre a obra do artista em exposições permanentes e temporárias. No museu-galeria está em cartaz a mostra Hansen: o sol expressionista, onde é possível perceber de modo mais direto quais eram as abordagens de interesse do xilogravurista: ele gostava de misturar, principalmente, as temáticas sagradas e profanas nas suas produções.
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Fachada da instituição cultural, fundada pelo alemão, em Cachoeira (Crédito: Divulgação / Fundação Hansen Bahia) |
Admirador da obra de Jorge Amado, Hansen Bahia materializou seu afeto pelo baiano numa exposição inspirada na obra do escritor. O ano da mostra, 1955, é o mesmo da chegada do artista à Bahia, depois de morar por cinco anos em São Paulo. Além de produzir fotografias, gravuras e esculturas, Hansen ilustrou edições de grandes nomes da literatura, como Castro Alves, Bertolt Brecht e François Villon, por exemplo.
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Xilogravura de Hansen Bahia dialoga com religiões de matrizes africanas (Crédito: Reprodução) |
Se ligue!
Fundação Hansen Bahia / (75) 3425-1453 / Museu-casa: Ladeira de Santa Bárbara, s/nº - São Félix / Espaço cultural e museu-galeria: Rua Treze de Maio, nº 13 – Cachoeira
Funcionamento: terça a sexta, das 9h às 17h; sábado, das 9h às 13h
Preços e serviços apurados em novembro de 2017
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