23 de Abril de 2024

Praias, trilhas, cachoeiras... um guia para aproveitar o melhor de Itacaré

Está pensando em explorar o litoral Sul baiano? A gente sabe que Ilhéus é um dos caminhos mais comuns para os turistas na Costa do Cacau… Mas já que está por aí, que tal dar uma passada por Itacaré? É pertinho, a 70 quilômetros da cidade famosa pelos livros de Jorge Amado. A 245 km de Salvador (via ferry boat e BA-001), Itacaré se destaca por ser um destino para quem quer apenas curtir uma prainha, em uma cidade pequena com restaurantes à beira mar, quanto para os amantes de aventuras e esportes. Confira nossas apostas de hospedagem por lá

 

Boa para surfar

 

Por conta de sua geografia marítima (a plataforma continental de apenas 8 milhas) as praias recebem ondas com constância, impacto e força bem diferentes de todo o litoral baiano. Por isso, a cidade virou a queridinha dos amantes de surfe, desde a década de 1980. Esse ano, inclusive, Itacaré está no roteiro do Mundial de Surf (entre 24 e 29 de outubro), na praia do Tiririca. Mas esse não é o único pico para os apaixonados pelo esporte. Outras também dão onda, como as praias de Pontal, Boca da Barra, Corais, Prainha, Jeribucaçu, Engenhoca e Itacarezinho. Para chegar em algumas delas é necessário fazer uma trilha, mas aí é outra parte do passeio.

 

Pegue a trilha
Antes de cair no mar, seja com a prancha ou só pra um banho, a depender de qual praia você queira ir, vai ter que dar uma caminhada em umas trilhas por dentro da mata. As trilhas são bem tranquilas, com exceção de alguns poucos pedaços. Para chegar em Itacarezinho passando por Camboinha, por exemplo, é necessário tomar cuidado em alguns trechos. Pessoas com dificuldades de mobilidade devem evitar. Apesar desses pequenos percalços, os passeios por dentro da Mata Atlântica são um convite para respirar ar mais limpo e vivenciar contato mais próximo com a natureza, com todo o respeito que ela precisa. 

 

Uma delas é a Estrada Parque Itacaré, uma trilha que começa a cerca de 10 quilômetros do centro da sede. A trilha passa, na maior parte do tempo em trechos de mata atlântica, pela Cachoeira da Usina, que é uma ótima parada para um banho. Quem optar por essa trilha ainda conhece um manguezal de perto, pois o caminho que leva praia de Jeribuaçu passa pelo bioma.

 

Quem gosta de rapel e não tem medo nenhum de altura pode experimentar o Salto do Apepique, que tem 50 metros de altura e fica na Área de Proteção Ambiental (APA) Lagoa Encantada. Dá para fazer tirolesa por lá também. Pra quem tem medo, existem quedas menores. Uma delas é a Cachoeira de Noré, de 15 metros e perfeita para rapel. Para chegar a ela é necessário atravessar o Rio de Contas e passar por algumas fazendas de cacau, o ouro negro baiano, que ainda é uma lavoura importantíssima para a região. 

 

O ouro negro

 

O cacau foi muito importante durante bastante tempo para a região e, mesmo depois da pragas de vassoura de bruxa na década de 1990, a Costa do Cacau, da qual Itacaré faz parte, ainda é uma das maiores produtoras do fruto no Brasil. A produção pode ter caído, mas o cacau baiano ainda é considerado um dos melhores do mundo. E o que se faz do cacau? Sim, chocolate. Existem alguns roteiros que turistas podem fazer para conhecer e acompanhar todo o processo da produção do chocolate, da plantação até a barra. 

 

Quem curte a ideia, pode fazer o roteiro da Pousada Vila Rosa (73 9911-1930). Os quartos ficam na casa sede de uma antiga fazenda de cacau à beira do Rio de Contas. Parte da fazenda ainda produz cacau. Turistas hospedados ou não na pousada podem visitar as mudas de cacau ainda novinhas, se tiver sorte, vai vê-las sendo plantadas. Depois de conhecer a mata onde as árvores crescem e os frutos são colhidos, o público conhece a produção do chocolate e aprende passo-a-passo o caminho que as sementes de cacau fazem até derreterem na nossa boca naquela explosão de sabores. O passeio pela fazenda também inclui trilhas pela Mata Atlântica, pomares, piscinas naturais e uma visita ao casarão que está quase intocado (o preço é combinado com a pousada). Depois é só comprar uns chocolates na lojinha que fica no local e presentear os amigos.

 

Mas e se a fome bater?

 

Não tem problema. Itacaré tem mais de 80 bares e restaurantes. Grande parte deles fica em uma das principais ruas da cidade, a rua Pedro Longo, ou Pituba, como chamam os moradores locais. Um deles é o Alamaim, que serve comida árabe. Um falafel custa a partir de R$ 18 e alimenta bem uma pessoa faminta. Na orla, a dica é curtir o Jiló, que serve comida brasileira com o tempero da Bahia. Um pouco mais distante da sede, mas não por isso menos delicioso é o Café com Cacau, que usa o fruto como principal ingrediente de seus pratos.

 

Preços e serviços apurados em setembro de 2017

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