3º Festival de Fanfarras e Balizadores acontece no Campo Grande neste sábado, dia 12
O Largo do Campo Grande será palco, pela primeira vez, do Festival de Fanfarras e Balizadores do 2 de Julho, realizado pela Fundação Gregório de Mattos (FGM) como parte das comemorações pela Independência do Brasil na Bahia. Em formato inédito, a terceira edição do evento ocorre neste sábado (12), a partir das 8h, com a participação de 18 fanfarras de escolas públicas municipais e estaduais.
Até o ano passado, o Festival era realizado durante o Cortejo Cívico do 2 de Julho, na data magna do Estado, que percorre o trecho da Lapinha até o Campo Grande. O coordenador do Festival, Talis Castro, explica que a estratégia tem o objetivo de dar mais destaque ao trabalho realizado pelos estudantes.
“Este é o resultado de um diálogo contínuo que a FGM tem com os agentes culturais e as instituições que trabalham na construção do 2 de Julho. Esse festival sempre acontecia dentro do desfile cívico mas, em diálogo com os fazedores desta arte, a gente entendeu que precisava de um palco específico, com destaque para essa programação, para que as pessoas possam apreciar isso tudo de perto, além de premiar essas iniciativas. A gente espera que se consolide neste formato para dar ainda mais destaque nos próximos anos”, diz.
Experiência vitoriosa – A campeã da primeira edição do Festival, em 2023, foi a fanfarra do Colégio Estadual Reitor Miguel Calmon, que fica em Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador. O coordenador do grupo, Elsimar Santana, ressalta que o festival valoriza o trabalho das fanfarras realizado durante todo o ano.
“O título representa muito mais do que uma vitória em concurso. É o reconhecimento de um trabalho social, cultural e educacional desenvolvido há anos, com muita dedicação e amor. É através de iniciativas como essa que mantemos viva a memória e a tradição, e construímos novos futuros para as crianças e adolescentes que encontram na arte uma chance real de transformação”.
Regulamento – No festival, serão premiadas as três escolas com maiores notas em cada categoria, que vão receber troféus e certificados de participação. Estarão presentes no Festival 18 fanfarras, que terão até 12 minutos para a apresentação no palco montado no Campo Grande, incluindo a entrada, parada obrigatória para o julgamento e saída da área. O grupo que ultrapassar o tempo será penalizado com um ponto a cada minuto excedido. Caso ultrapasse três minutos, a fanfarra será desclassificada.
Também serão desclassificadas as escolas cujos integrantes utilizem trajes, gestos, palavras ou símbolos que remetam à xenofobia, racismo, misoginia, homofobia, transfobia, capacitismo ou qualquer discurso de ódio, linguagem ofensiva e condutas inadequadas. O júri será composto por seis especialistas nas áreas de música, performance e cultura popular, que vão avaliar as concorrentes nas categorias de Melhor Fanfarra/Banda com Evolução, Melhor Fanfarra/Banda sem Evolução e Melhor Balizador.
Origem – O museólogo Vinícius Zacarias, que já atuou como jurado do Festival, revela as origens da cultura das fanfarras. Além de doutor em Estudos Étnicos e Africanos pela Universidade Federal da Bahia (Ufba), ele é autor da tese de mestrado “Etnografia da Fechação: Performances de Homens Negros Balizadores de Fanfarra na Bahia” e de artigos que tratam do assunto.
Zacarias conta que os critérios de julgamento são rígidos, mas se adaptam à realidade local. “A cultura advém de uma tradição militar e olímpica, portanto, há uma valorização do formal. No entanto, no contexto do Cortejo do 2 de Julho, precisamos estar adequados à gramática de nosso jeito de fazer as coisas. Aqui na Bahia, a nossa marca é a espontaneidade e a criatividade com pitadas de ousadia, denúncia social e deboche. Particularmente, julgo as fanfarras que se destacam por esses critérios. E o Festival cumpre este papel de valorização da cultura educacional das fanfarras e bandas marciais”, relata.
Concurso de fachadas – Além do Festival de Fanfarras e Balizadores, a Fundação Gregório de Mattos também vai premiar os vencedores do Concurso de Decoração de Fachadas do 2 de Julho. Participaram da iniciativa as fachadas dos imóveis localizados no trajeto do Cortejo Cívico, no trecho entre o Largo da Lapinha e o Terreiro de Jesus.
A melhor decoração vai receber uma placa comemorativa que será instalada no imóvel. Haverá ainda uma premiação em dinheiro, a partir da doação da empresa do artista plástico baiano Ray Vianna. O primeiro colocado receberá o prêmio de R$ 1.500, o segundo será contemplado com R$ 1.000 e o terceiro, R$ 500.
Texto: Ascom/FGM
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